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sábado, 2 de julho de 2011

OS JOVENS E O TRÂNSITO




        Bom dia meus amigos, encontrei um artigo muito interessante sobre o comportamento dos jovens no trânsito. Esse artigo mostra uma pesquisa encomendada pelo programa Volvo de segurança no trânsito em parceria com a Perkons e o ministério da saúde. Como se trata de uma pesquisa longa e detalhada, achei por bem editar com os pontos mais interessantes:
   
        A pesquisa foi realizada pelo IBOPE, entre 12 e 17 de abril, com população entre 16 e 25 anos da área em estudo, residente em municípios com população total maior ou igual a 300.000 habitantes.


       Para desenvolver um comportamento mais seguro dos jovens no trânsito, estes sugeriram medidas referentes a: Campanhas (32%), Educação de Trânsito (15%), Intensificação da Fiscalização (14%), Legislação e Punições mais Severas (12%) e Melhoria do Processo de Formação deCondutores (6%). 
       Estes dados evidenciam a necessidade e a expectativa de uma maior atuação dos órgãos responsáveis pelo trânsito, visando ao desenvolvimento de comportamentos seguros através de campanhas educativas, programas de educação de trânsito, formatação e aplicação do processo de habilitação e de renovação da CNH, bem como a aplicação de exigências e punições mais severas para os infratores, maior fiscalização e operação mais eficaz.
       A pesquisa qualitativa evidenciou a deficiência de Educação de Trânsito, não obstante a iniciativa outrora existente em Goiânia ter sido lembrada positivamente por alguns participantes, os quais lamentaram a descontinuação do projeto.
       Os jovens anseiam por maior conscientização de todos os envolvidos no trânsito, entretanto, reclamam da falta de espaços para discussão, de programas nas escolas desde o ensino fundamental, enfim, de oportunidades para abordar o assunto.
       Também foi abordada a questão da punição educativa, com a sugestão de que os infratores fossem encaminhados para serviços comunitários ligados ao trânsito, por exemplo, manutenção da sinalização e orientação de travessia.


Considerações Finais


       A situação do jovem no trânsito revela-se um quadro alarmante. Da falta de habilitação ao desrespeito às normas e à predominância de comportamentos de risco, tudo contribui para as tristes estatísticas de mortes entre jovens no trânsito.
       Ficou evidenciada, ao longo deste trabalho, a deficiência de Educação de Trânsito que aflige o jovem brasileiro. Constata-se que o processo de formação de condutores, que tanto progrediu nos últimos anos, acaba tendo importância menor neste quadro, visto que apenas uma minoria (27%) dos jovens maiores de idade passa por ele para obter a CNH. Devem-se pesquisar as razões deste desinteresse, sobretudo se considerarmos o alto percentual de jovens maiores de idade que dirigem sem habilitação (34%).
        Além disso, a lacuna na educação existe também para o jovem enquanto pedestre, passageiro e ciclista. O processo de formação de condutores revelase insuficiente para a resolução das deficiências educacionais do jovem brasileiro com respeito ao trânsito, sendo necessário um programa amplo e regular de educação e vivência, integrado aos ciclos da educação formal.
       O jovem brasileiro reconhece que adota uma série de comportamentos de risco no trânsito. Porquanto admitir esses comportamentos seja um fato positivo, é necessário que o jovem dê um passo a mais e efetivamente mude de atitude, para que consigamos diminuir o número de acidentes e mortes no trânsito.
        Esta mudança de atitude requer um trabalho consistente de conscientização e de desenvolvimento da cidadania.
         De fato, o jovem anseia por mais oportunidades de discussão das questões relativas ao trânsito. No seu dia-a-dia, não existem tais oportunidades, seja na família, na escola ou entre os amigos, o que leva o jovem a ver-se como um elemento externo ao contexto do trânsito, impedindo a sua assimilação e conseqüente conscientização. É necessário que o poder público crie este espaço dentro de seu âmbito, no currículo escolar, em atividades paradidáticas, e em centros comunitários.
        É necessário ainda que se realizem campanhas educativas abordando os temas que se sobressaíram neste estudo, quais sejam: a necessidade e o valor da formação do condutor e da habilitação, a importância dos equipamentos de segurança (incluindo o cinto), os comportamentos de risco e o papel do jovem não só enquanto motorista, mas também como pedestre, passageiro e ciclista.
         Por fim, existe no jovem a expectativa de que estes esforços de conscientização e educação sejam construtivamente apoiados por uma intensificação da fiscalização por parte dos órgãos responsáveis pelo trânsito.

Observação: A pesquisa (quantitativa e encontros qualitativos), bem como o relatório final foi elaborado pela empresa Marco Tecnologia S/A, sob a coordenação da pedagoga e especialista em trânsito, Nereide Tolentino.

Um comentário:

Nessa Frazão disse...

Dados surpreendentes!
Acho que educação tem que vir do berço.
Sabe o ditado, 'tal pai, tal filho', então, é bem por aí.
Mas claro, toda regra tem excessão...